Nosso papel
A Fundação Criança é a responsável por captar recursos que contribuam para aprimorar iniciativas com enfoque na promoção da saúde e qualidade de vida dos pacientes.
A Fundação Criança é uma entidade sem fins econômicos ou lucrativos e de caráter filantrópico, idealizada em 1994 pelos professores Antranik Manissadijian, João Gilberto Maksoud, José Lauro Araújo Ramos e Yassuhiko Okay, titulares do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP e da disciplina de Cirurgia Infantil do Departamento de Cirurgia.
Nosso propósito é promover assistência integral à saúde de crianças e adolescentes, prioritariamente no campo da pediatria clínica e cirúrgica e da Onco-Hematologia.
A primeira ação da Fundação Criança foi a entrega do espaço físico do Hospital ITACI. Desde então, seguimos com o compromisso de prover os recursos necessários para manutenção do local, compra de medicamentos e exames complementares ao tratamento, aquisição e modernização de equipamentos/mobiliários e assistência às famílias em atendimento.
Além disso, firmamos parcerias para patrocinar atividades que aumentam a humanização e o acolhimento às crianças, como, por exemplo, o Projeto do Calendário Anual de Atividades Socioculturais realizadas na instituição, com recursos incentivados pelo Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC).
A Fundação Criança é a responsável por captar recursos que contribuam para aprimorar iniciativas com enfoque na promoção da saúde e qualidade de vida dos pacientes.
A consolidação da Fundação Criança contou com a relevante atuação do Dr. Aluízio Rebello de Araújo. Sua liderança e protagonismo na instituição foram fundamentais para a construção do Hospital ITACI. A incansável dedicação à causa da oncologia infantil, representam importante legado ao tratamento de crianças e adolescentes com câncer.
Ler homenagem“O ITACI é um monumento em pedra e cal a Aluízio Rebello de Araújo e sua determinação a causas do bem”.
Lembro-me da primeira visita que fizemos ao esqueleto abandonado de um prédio na rua Galeno de Almeida, em Pinheiros. Aluizio disse que ali seria construído um hospital para tratamento de câncer infantil; eu já vira Aluizio trabalhando em outras tarefas aparentemente impossíveis e não duvidei. Apenas sabia que ele conseguiria não apenas planejar bem, mas, principalmente, mobilizar seus amigos, companheiros e família em torno dessa nova causa.
Os anos que se seguiram foram de muito trabalho, milhares de telefonemas, visitas, apresentações. Em pouco tempo, aquelas vigas e andares de concreto, desnudos, foram se enchendo de operários, de paredes, canalizações e o que era apenas uma ideia foi se transformando no hospital mais moderno em sua especialidade.
A capacidade de mobilizar talentos essa era a grande virtude de Aluízio, com seu jeito amigável de conversar, sua cortesia sincera, sua elegância em todos os momentos.
Representante ideal da cidadania paulistana, educada nas melhores instituições e anfitriã cordial dos talentos imigrantes da Europa, da América Latina, da América do Norte, do Oriente Médio, que vieram aportar em São Paulo, Aluízio sintetizava o que de melhor gerara uma terra habituada a expandir fronteiras do Brasil, lutar por sua independência e soberania, e, ao mesmo tempo, trabalhar incansavelmente e honestamente pelo bem estar e bom gosto dos que o rodeavam.
Sua união com Anna Helena foi um momento glorioso dessa história paulistana ao mesmo tempo provinciana e cosmopolita, tradicional e vanguardista, mas sempre carinhosa, solidária e abençoada. Conviver com Aluízio foi em si mesmo, uma dessas bênçãos divinas para as milhares de pessoas para quem sua vida deixa saudades e um sentimento de que devemos dizer mentalmente um “muito obrigado”.
Roberto Duailibi